quarta-feira, junho 16, 2010

Rap do Homem Bomba


Todo mundo no mundo deseja ter uma família

O caminho é um só mas são diversas as trilhas

Só que ninguém se pilha em se desligar da matilha

Tão nadando mas é reto numa prancha sem quilha

Numa lancha que nunca deslancha e se desmancha

Muito antes de chegar na ilha...

Uns atucanados com a saúde do filho, da filha

Outros preocupados com a aparência da mobília

Um que da risada mais de cem que se humilham

E quando acaba a paciência é que o trem descarrila

Então desviam mas não deixam de cair na armadilha

O indicador que dispara e o polegar que engatilha

Eu vejo mais do que tristeza no olhar que não brilha

Eu vejo um homem bomba se explodindo em Brasília

A base para enquanto nosso maestro dedilha

E as coisas vão mudar desde a queda da bastilha

Populares enforcados, reis guilhotinados

Infiéis foram queimados, em fogueiras por besteiras

Que antes eram pecado. Esquecidos no passado...

Saíram os reis e seu governo absolutista

Liberais detonam práticas mercantilistas

Revoluções burguesas de ideais iluministas

Colônias exploradas, tratadas como conquistas

Quem dera, Cabral nunca gritasse terra à vista

Quem dera, Cabral nunca gritasse terra à vista

Revoluções de esquerda de idéias marxistas

Estado totalitário fuzila oposicionistas

Alemanha nazista, Itália fascista

Políticas de estado de ambições imperialistas

Muro de Berlim cai nos pés de ativistas

Gorbachev anuncia o fim do sonho socialista

Mundo consumista faz o último gol

Maior Mac Donald´s é aberto em Moscou

Bakunin avisou, Bakunin avisou.

terça-feira, junho 08, 2010

Cigarro


Baganas amarelas tão belas,
Pousando suaves no chão.
A leveza sutil do filtro,
Seguida do odor de alcatrão.

Sois como raios urbanos,
Vagalumes artificiais.
Como projéteis traçantes,
Flamejantes e fatais

Ah, meu amigo cigarro,
Querido causador de escarros
E abstinência de nicotina.

Quando estou a fumar,
Por vezes me sinto afiar
Minha própria guilhotina.