segunda-feira, janeiro 10, 2011

A Casa no Mato

Que saudade da casa no mato.
De escutar o cantar dos pássaros na manhã agradável do mato.
Lembro que em meio à sinfonia, ficava tentando detectar cada ave que ali cantava.
Saudade de ouvir minha mãe falando sem parar com sua energia incontrolável na casa no mato.
Saudade dos inúmeros cães e gatos que convivem tranquilamente na casa do mato.
Saudades de ler a noite ouvindo o cantar dos sapos na casa no mato.
Das flores, das frutas, dos peixes, do fogão a lenha e a churrasqueira de tijolos improvisada cheia de amigos em volta.
Saudades do vento fresco, da terra nova, da areia, das fotos na parede, da bagunça, da arquitetura assimétrica, dos livros antigos, dos móveis, dos brinquedos velhos da minha infância, saudade da minha família unida, do meu irmão dormindo.
Saudade do barulho dos passos no chão de madeira, da rede, das muitas janelas e portas, da minha irmã me enchendo de perguntas.
Que saudade enfim, de tudo que compunha a casa no mato.

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