quarta-feira, novembro 13, 2013

A miséria e os miseráveis

É preciso relaxar, é preciso ter calma, é preciso ter segurança, é preciso ter.

Há pessoas lhe apressando;  há pessoas impacientes nas filas: “saque logo essa grana” é o que pensam; há mulheres confusas e há pessoas em todos os lugares.

Havia um mundo para ser revolucionado, é necessário cuidar de si.

Havia uma essência, a ciência a ruiu.

Há pessoas egoístas. Passam velozes em belos carros mirando uma poça d’água apenas para te dar um banho e rir. Só uma revolução.

A miséria é um conceito amplo.

A miséria não é mais a mesma.

Diria ainda, a miséria não é tão mísera assim

A miséria rendeu um Pulitzer: belas fotos de miséria.

Rendeu mestrados e doutorados, viagem pra Europa pra falar da miséria.

ONG’s, filmes, músicas, partidos políticos, programas especializados.
Há uma indústria da miséria.

A miséria decora a boate chique, está na moda.
"Você 'heim' miséria", quantas facetas.

A miséria é sustentável, o consumo é que não é.

A Miséria da Filosofia, A Filosofia da Miséria.

A miséria alimenta várias bocas, tem braços longos, sempre cabe mais um.

Quem sabe os miseráveis, um dia, ganhem uma fatia daquilo a miséria rende,

Mas vai que a miséria acabe?

Então do que viveriam aqueles que vivem dela?

Um inocente diria que ela não serve ao sistema, que a miséria nada consome. 
Mas há quem consuma a miséria, os miseráveis são outra coisa.

Queriam a miséria sem os miseráveis.

O capitalismo sem os explorados.

Filhas virgens sem namorados que fizessem só filhos homens.

Um comentário:

Leo.. Schneider disse...

Me lembrei dos Titãs, "..em qualquer canto miséria / riquezas são miséria..".
Assunto cão prum café com chimarrão!
Gostei da inflexão Proudhon x Marx..
Matou a pau na Filosofia!
Eu diria:
"Coisa de Limoeiro Sócio-Histórico!"
Continua ae maluco, dialetizando o mundo internético, assim, existencialisticamente. Soltando o palavrão pra ver se rende a maldita consciência coletiva, pra ver rachar de vez o estruturalismo!
A esse blogue, a esse escrito que abre os caminhos... Saravá!